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Foto do escritorMichele Fernanda

Primeiros encontros - #2

Fui na direção de um desejo sem saber quem e quantos iriam aparecer. Foi MUITA dedicação, e-mails, encontros, intenção e foco.


Michele e Marcelo com roupas de frio indo para o Lá vem a história
Michele e Marcelo indo para o Lá vem a história em Praga

E foi assim que eu peguei meu filho no colo, a bolsa cheia de sonhos e ideias e fui pra biblioteca iniciar o primeiro encontro intitulado - Lá vem a história! Clubinho de Leitura em Praga.


Esse registro foi feito pelo meu marido pra sinalizar boa sorte, mas sinceramente, não teve nada de sorte não. Foi MUITA dedicação, e-mails, encontros, intenção e foco. Fazia oito semanas que tínhamos chegado em Praga (e com endereço finalmente) e estive em contato com diversas pessoas que me ajudaram e me apoiaram. Nessa vida nada se constrói sozinho não. Sou muita grata por todos que estiverem presentes de uma forma ou de outra pra que essa ideia se tornasse real, então por causa de toda essa sincronização esse momento foi possível. E lá fomos nós pra biblioteca. Peguei o bonde e fui.




Fui na direção de um desejo sem saber quem e quantos iriam aparecer. Peguei a rua dos sonhos, virei na rua da esperança e continuei na rua da certeza que eu não era a única pessoa que tinha esse desejo. Segui em frente.

Segui à caminho de uma necessidade. E é nela que nos descobrimos, crescemos e nos reinventamos. Meu filho ouvindo a língua portuguesa só em casa? Que nada! E as expressões que eu não uso, o vocabulário que eu não falo, as entonações da fala que se diferenciam da minha... e todo um mundo que só faz sentido quando se vive em comunidade? Como fica tudo isso?


Registro do primeiro livro doado para o acervo da língua portuguesa. Biblioteca Municipal Praga - Korunní. Janeiro 2018
Registro do primeiro livro doado para o acervo da língua portuguesa. Biblioteca Municipal Praga - Korunní. Janeiro 2018

O que você quer?


As famílias que lidam com língua de herança já sabem: planejamento, intenção, exposição à língua, foco e MUITO muito trabalho. Já falei que dá trabalho?


Pra quê mesmo todo esse trabalhão? Essa na verdade é a pergunta mais profunda que um um pai/ mãe/etc. precisa responder pra si mesmo: pra que e/ou pra quem toda essa dedicação, intenção e foco? Onde cabe a língua de herança se onde eu moro a língua portuguesa não é usada pela comunidade local, é uma língua minoritária, ou até mesmo nem existe?


As razões são diversas e profundas. Pelo menos as minhas.


Agora conta pra mim, qual é o seu motivo ou motivos pra manter a língua portuguesa?

Me envia uma mensagem!

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